O Cego e a
lanterna
Quando saía da
casa de um amigo tarde da noite, um homem cego recebeu deste uma lanterna. O
cego disse, surpreso:
"Sou cego.
De que me vale levar uma lanterna?"
"Sei disso,
mas como vais caminhar no escuro, a lanterna evitará que outras pessoas
esbarrem em vós," disse o solícito amigo, acendendo a vela dentro da
lanterna.
O homem partiu
levantando a lanterna à sua frente. Confiante no fato de que ela evitaria
acidentes com outras pessoas, ele caminhou sem medo ou relutância ao longo da estrada.
Nunca ele se sentiu tão confiante, sabendo que a lanterna era um eficiente
aviso de sua presença no caminho.
Entretanto, para
sua completa surpresa, de repente alguém esbarra fortemente nele,o derruba. Irritado com isso, o cego grita:
"Não podeis
ver uma lanterna aproximando-se?! Com certeza és mais cego do que eu!!!!"
Mas o outro homem
disse, confuso:
"Mas como eu
poderia ter visto uma lanterna apagada nesta noite escura?!"
Todo aquele tempo
o cego carregava a lanterna inutilmente, pois o vento tinha apagado a vela há
muito, com a confiança a sua frente,com tal velocidade...
Pablo Picasso - O Cego |
"Ninguém, depois de
acender uma
lâmpada, a põe em lugar oculto, nem debaixo do alqueire, mas no
velador, para que os que entram vejam a luz. A lanterna do corpo são os olhos.
Quando, pois, os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso; mas,
quando forem maus, o teu corpo será tenebroso. Vê, então, que a luz que há em
ti não sejam trevas. Se, pois, todo o teu corpo estiver iluminado, sem ter
parte alguma em trevas, será inteiramente luminoso, como quando a candeia te
ilumina com o seu resplendor"
(Lucas 11:33-36)
(Lucas 11:33-36)
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