17 de abril de 2011

Sózinho no Templo (#showdebola)

Sozinho no templo um vigia da loja maçônica começa a Fantasiar Como seria uma Reunião DeMolay:
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Penumbra... silêncio entre as Colunas... um fio de escuridão começa a penetrar no recinto de Salomão e a ramificar-se em todo o espaço.

Bamm... a porta dupla do Templo se abre... J e B são apenas espectadores àquilo que os olhos humanos não são capazes de enxergar: a figura histórica de um Homem que com seu manto anil que levemente beija o chão.

"Enorme"... adjetivo este que o homem oferece ao lugar. Enorme também foi o tempo em que ele estava adormecido e que há quase 90 anos foi despertado.

Momentos atrás... horas antes, jovens ali, de capas e colares, se reuniram e seu nome chamaram.

Isso... ele pode sentir o calor ali emanado; ainda pode ouvir no eco seu nome. "...layyyyyyyy...".

Passos... Oriente. Trono de Salomão. A lâmina flamígera poderia facilmente iluminar o recinto. "Melhor não", pensa ele. Senta-se no Trono. Oriente, onde o Sol nasce e a vida tem início. "Aqui somos todos Iniciáticos".

Levanta-se... Direção ao Sul. O que passou e o que passará se encontram aqui. Iniciação. Morrer para uma vida passada e nascer para uma futura.

Um gongo... Bléim! Bléim! Bléim! Bléim! Bléim! Bléim! Bléim! Bléim! Bléim!

Sozinho no Templo, ele ajoelha sobre o joelho esquerdo e reza e lembra... e chora e reza.

Agora, olhos ao zênite. Levanta-se novamente e como um Soldado de Deus marcha ao Ocidente.

Onde o Sol se põe. O Aconchego dos Seniors. Onde, sob os braços da Lua, a vida adormece para nascer numa nova aurora. Ele passa a mão suavemente sobre a mesa e pensa "O maior ensinamento que um Senior pode dar é o que diz que ele sempre está pronto para aprender com os Irmãos".

Ele sorri. Está cansado. A viagem foi longa, porém a Ponte da Cavalaria encurtou um bom cominho e ele pôde enfim chegar onde queria: no coração dos jovens de 12 a 21 anos que patrocinam, e, patrocinadores são da Régua e do Compasso. Quiçá todo Obreiro um dia,Ter sido DeMolay". Sorri novamente... "Filosofando, Thiago?", ele auto-questiona.

Anda mais um pouco. Sete castiçais, livros e uma áurea dourada. "A Chama que nunca se apaga", olha pra vela central, apagada, e para o alto.

Anda...

Mais uma vez, o Oriente. Onde tudo que começa deve terminar. Um malhete esquecido repousa à mesa. Inerte? Inofensivo? "Não", pensa novamente. Assim como o segundo malhete que figura na Jóia do Mestre Conselheiro, o Nobre Cavaleiro passa a mão sobre o objeto e tira-o do local. Mas ao mesmo tempo que figura em sua mão, o malhete continua repousado à mesa. São dois?

E com este novo objeto seguro na mão, ele fita os Zodíacos e nós à volta, sorri e declara com uma expressão séria: "E com uma batida de malhete, saberão que estive, estou e sempre estarei aqui. Vivo! Figurado pelo Segundo Malhete. Vivo!! Vivo!!!".

BAM!!!

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Instantes depois, este vigia da Loja ouve um barulho de relance e entra assustado no Templo com uma lanterna e um pedaço de madeira. Mas não encontra nada de anormal... apenas uma pequena possa d’água no chão xadrez. E se assusta ainda mais, pois ali NÃO HÁ "goteiras".

1 de abril de 2011

O Enigma do Segredo DeMolay

Olhares penetrantes, Símbolos, 7 velas e um Altar.

Silêncio entre as Colunas,
A Reunião vai começar.



Todos em guarda; em formação triangular.
É uma ponta de flecha que insiste em acertar
As Escrituras Sagradas e os Livros Escolares
Pelos quais nós DeMolays prometemos ajudar



Esvoaçadas capas rubro-negras,
Três nós num dourado cordão
Toc-tocs dos sapatos
Sobre o mosaico no chão



Ajoelhados, cabisbaixos,
Proferimos nosso Amém
Estamos prontos, Mestre Conselheiro,
Guie-nos você também




1º acende as Grades Luzes,
2º nos protege de interrupções
Enxergando e tranquilos,
Iniciamos as canções



Oh, Bandeira tão querida!!
Oh, Pátria tão amada!!
Repouse no Oriente, tranqüila,
Que lhe guardamos de ciladas



DeMolay!! Mártir imortal
Obrigado por nos fazer ver
Que existe amor fraternal
Imortal também é ser DeMolay



Seguimos as Ordens,
como consta no Ritual
Celebrando Início, Meio e Fim:
nosso Ciclo Vital



Não percebemos mas horas passam,
Assuntos são discutidos
Fazemos filantropia
Enfim, nós estamos unidos

Nove badaladas: atentemos ao Capelão
Acalmai, oh Pai, os que sofrem e os que dormem
Abençoai, oh Deus, nossa mãe, nosso pai
E a causa de nossa Ordem



O malhete nos afirma
"Acabou, meus Irmãos"
Saindo da Sala Capitular,
uma conclusão:


Há muito o que fazer (e sabemos como fazer)
Pois lá fora também começa

mais uma Reunião
Reunião DeMolay.


 Texto do Irmão Gills Lopes"
Capítulo "João Pessoa" nº 011

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